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COMPORTAMENTOS E RESULTADOS NOS NEGÓCIOS

A física clássica no diz que a cada ação corresponde uma reação, enquanto a espiritualidade relata a lei de causa e efeito. Toda ação — a causa, gera uma reação — o efeito. Sabemos que tudo é energia, manifestada diferenciadamente entre a partícula — o que vemos e a onda — o que não vemos.

O Observador e as Emoções na Neurociência

Há outra premissa que diz: o observador influencia o que está sendo observado. Do lado da neurociência, somos seres emocionais. Para cada interpretação que a mente dá a um evento, o hipotálamo libera um neuropeptídeo — mensageiro químico das emoções, que representa a emoção equivalente daquele instante.

Padrões de Comportamento e Decisões

Isso gera padrões de comportamento através da instalação de redes neurais baseadas neste comportamento. Com a repetição do padrão criamos vícios bioquímicos. Sabemos que por mais racional que seja uma decisão, quem dá o clique do “mouse” para a ação é um componente emocional.

Agimos conforme nossa interpretação do evento, adverso ou não, que nos chega a cada instante. Esta ação é baseada no conteúdo das informações contidas no banco de dados interno de cada um — somatória de todas as experiências, acrescido da possibilidade do ganho ou perda gerados pela ação que vai tomar.

O diálogo interno produz a resposta, que implicará num efeito, que trará resultados positivos ou negativos. O cérebro, três segundos antes de qualquer ação, já sabe qual que tomaremos. Ainda não falarei dos efeitos do inconsciente coletivo, conforme Carl G. Jung.

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Comportamento e Resultados nos Negócios

E o que isso tem a ver entre comportamento e resultados nos negócios?
Uma empresa é formada por pessoas, sistemas e processos. O ser humano é autodeterminante, quer dizer, sempre escolhe o comportamento ou ação que adotará, de forma consciente ou inconsciente, independentemente do ambiente. Pessoas são seres emocionais, por mais dura que queira ser ou fingir ser.

Pessoas e empresas, devem ter propósitos, metas, objetivos, identidade, visão, valores e cultura, além de outros aspectos que norteiam o caminho das atitudes para chegar ao que se propõe.
A empresa é uma teia de relacionamentos que se move em direção às metas pré-estabelecidas, através das atitudes das pessoas, nas suas diversas áreas. Se atuarem em rede, todos juntos, alinhados, engajados e sincronizados em prol dos objetivos, o resultado deverá obtido. Ou seja, é a somatória das atitudes dos líderes e liderados que fazem o resultado da organização.

Atitudes trazem em si o aspecto da qualidade da própria atitude. Esta qualidade está diretamente associada com o estado emocional de quem atua. Se equilibrado, ou seja, sem a influência de alguma característica do medo — arrogância, prepotência, orgulho, vaidade, ansiedade, etc., a decisão tende a ser correta e deverá influenciar positivamente os resultados.

Por outro lado, se a atitude for influenciada por qualquer estado emocional negativo, que causa desequilíbrio, a qualidade da decisão poderá trazer consequências negativas aos resultados e ao fluxo de caixa da empresa.

 Impacto dos Estados Emocionais n

Impacto dos Estados Emocionais nas Decisões

Pensamos que desligamos a mente dos nossos problemas pessoais quando saímos de casa. Imaginamos que atuemos sempre racionalmente, que sabemos separar o joio do trigo. Ledo engano. Atuamos conforme o conteúdo contido no inconsciente, nossos hábitos e padrões condicionados e por estarmos, na maioria das vezes, preocupados com o futuro e amarrado aos dados do passado, nossa referência, esquecendo o momento presente.

Evento novo deve ter resposta nova, e não baseada no que já foi. Assim modificamos nosso banco de dados interior e podemos criar o futuro positivamente. Como disse Einstein, nenhum problema pode ser solucionado pelo mesmo grau de consciência que o criou.

Quantas vezes poderia ter tomado melhor decisão se não tivesse impactado por algum estado emocional. Que reflexo essa atitude trouxe? Que impacto causou no seu resultado e da organização? Um colaborador com raiva, um líder arrogante, um acionista dono da verdade, um executivo que não sabe escutar, que não sabe se relacionar, que não move as pessoas a visão da organização, o líder que está “naqueles dias” e por isso os liderados não se aproximam para tomadas de decisões, e outros tantos exemplos.

Qual a consequência que traz, já que toda causa gera um efeito?

Por sermos seres emocionais, apesar de tomarmos atitudes ditas “racionais”, nosso estado de estar, diante das incertezas e adversidades dos momentos, interfere diretamente na qualidade do comportamento, que vai causar nos resultados.

É preciso lembrar que performance e felicidade andam de mãos juntas e que, que quem faz os números são as pessoas. Como disse Swath Damodaran, considerado a maior autoridade mundial em Valuation e o mais consagrado professor de finanças em todo mundo, não há atitude numa empresa que não tenha a ver com os aspectos financeiros, diga-se lucros e fluxo de caixa. Logo, comportamentos interferem nos resultados.

Reflexão sobre o Comportamento e os Resultados

Para pensar: quando você está bem com você mesmo, como é a qualidade e o resultado de sua atitude? Quando ama o que faz e faz o que ama, como se comporta? Como se relaciona com os outros? Como os serve com o seu produto? Se todos os pontos da teia da rede — os pontos das relações, atuassem desta forma, qual seriam os resultados? Lembremos que as pessoas são admitidas por suas competências técnicas, mas são demitidas por suas incompetências emocionais. O QI – Quoeficiente de Inteligência é importante, mas o que dá estabilidade da ação, qualquer que seja, é o QE – quoeficiente emocional. Entretanto, a base é o QE – Quoeficiente Espiritual. Ou seja, o QE = QI + QE

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