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A MÉTRICA DO NEGÓCIO – Parte 2

Estas métricas estão relacionadas com todas as atividades da organização, quer seja nos processos de marketing, vendas, produção, inovação, qualidade e sustentabilidade quanto aos financeiros — custo do capital de giro, dos empréstimos, imobilizar versus alugar, terceirizar, etc. Quaisquer destas atividades podem ter imenso impacto na geração de caixa, como no lucro operacional. Não precisa fazer muito esforço para perder recursos financeiros ou ter aumento de custos. Qualquer descuido em qualquer atividade pode resultar em perdas econômicas, ou financeiras.

Desenvolver novas formas de produção, com materiais mais baratos e leves, que demandem menos tempo sem comprometer a qualidade; realizar estudos de logística para reduzir o tempo e os recursos no recebimento de matérias-primas, estocagem e distribuição nos pontos de venda, bem como reduzir os níveis de juros, alongar a dívida e renegociar com fornecedores e clientes em relação a prazos de entrega e preços, são algumas medidas que podem impactar positivamente o resultado financeiro, no âmbito operacional da empresa.

Impacto dos Intangíveis

Pensando pelo lado soft, os intangíveis, estes também podem trazer impactos significativos na sobrevivência da organização. Por exemplo: atitudes não éticas dos líderes, como as que temos visto recentemente, podem levar a empresa a falência ou a recuperação judicial. Por outro lado, se a empresa desenvolve bem seus produtos, trabalha eticamente em todas as áreas, tem o reconhecimento dos clientes através do aumento de consumo fará com que sua marca aumente substancialmente de valor.

Há empresas listadas na Bolsa de Valores que tem o valor da marca muito superior ao valor de seus ativos ou de Mercado. Empresas de software, de pesquisas biológicas, farmacêuticas, as de conhecimento em geral, ao descobrirem novos produtos ou sistemas úteis aos consumidores, tem seus resultados e fluxos de caixa elevados repentinamente. Igualmente o valor de suas marcas.

Reflexo da Estrutura de Capital

A estrutura de capital pode ter reflexo profundo no fluxo de caixa e nos resultados, devido ao custo do capital — na proporção entre recursos próprios e de terceiros. Empresas que tomam recursos em moeda externa devem fazê-lo com vencimento a longo prazo, tendo em vista o efeito negativo da desvalorização da moeda e o impacto no custo e caixa. Preferencialmente, ter como hedge, o mesmo valor dos empréstimos em exportações.

Empresas endividadas devem ter como prioridade o pagamento dos empréstimos, haja visto que, por norma, o custo dos empréstimos é maior do que a receita da aplicação financeira dos saldos de caixa. Exceto se houver alavancagem financeira ou oportunidade de novos negócios que gerem retorno maior que a taxa de juros. Desta forma, independentemente da atividade, independentemente da área da empresa, há que ter olhar de custo e financeiro, porque todas as atitudes na empresa tem reflexo, positivo ou negativo, no caixa e nos lucros.

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