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A Chance do Amor

O mundo apreciou hoje umas das cenas mais dramáticas da história da humanidade neste ataque surpresa ao TWC – Trade World Center e ao Pentágono.
Não cabe a mim julgar tal episódio porque acredito na lei natural de causa e efeito, mas cabe, sim, fazer perguntas para podermos fazer mudanças em nossos pensamentos e comportamentos diante do outro irmão.

É preciso ter compaixão. Criamos a nossa própria realidade, aquela que queremos ver. Quantas agressões repentinas fazemos no nosso dia a dia com o colega, a mulher, um filho, um cliente, um fornecedor, ao pedinte e até mesmo a nós mesmos? E as nossas crianças assistindo tudo isso, que, aliás, já viram nos filmes pela televisão, a qual poderia repensar o que manda para o público do mesmo modo que escritores e produtores.

Não existiriam se não houvesse público para isso. Nem sempre nos lembramos que somos coniventes quando pactuamos silenciosamente com o que acontece em nossa volta. Ah, o problema é do outro. Esse é o grande engano porque tudo aquilo que faço ao outro o faço também a mim mesmo e tudo aquilo que faço a mim o faço também a todos por ressonância. Somos mentes unas.

Oportunidade de mudança

Será que esta não é uma oportunidade ímpar de mudar as regras do jogo da vida, saindo da competição predatória para a cooperação? Pensarmos no todo em vez das partes? Do mais poderoso sobre o mais fraco? Se somos seres espirituais, qual é o poder? Da matéria ou da Luz? Se somos iguais na essência, na origem, para que a separação do outro irmão? Quando nos separamos do outro estamos no fundo, se separando de nós mesmos. Se não tenho amor a mim, como posso ter amor ao outro? Será que dá para amar o concorrente? Se não dá, qual é a base do sentimento envolvido numa negociação?

O mundo tem, como sempre teve, a chance de mudar entrando para os valores da alma, o amor substituindo a raiva e o medo. Mudando a forma de produzir, dando prioridade ao bem-estar antes que o lucro que em alguns segmentos chegam a assustar pelo propósito que tem como empresa.

Reavaliação de Valores

Se imaginarmos que seja a nossa raiva acumulada que, ao fazer a massa critica, materializa na forma de um ato, poderíamos agora nos conscientizar da importância que é olhar para dentro de nós e começarmos a nos limpar e tratar o que nos incomoda? Trocar a raiva que temos, que não é do outro, mas sim de nós mesmos, pela aceitação e amor? Poderíamos mudar e sentir que somos Luz em movimento antes de qualquer manifestação? O que mudaria em você se tivesse esta consciência? Como seria o seu mundo?

Mudar os critérios de riqueza, a concentração crescente da renda na mão de algumas empresas, nações e pessoas? Será que a grande preocupação agora é saber quanto as empresas vão perder de receita e lucros; os administradores com relação aos bônus e o governo na provável perda na arrecadação de impostos ou é o momento de sentir e transformar o modelo do ganha perde para o ganha ganha?

De que vale uns ganhando tanto e outros tão pouco, marginalizados numa vida vegetativa? É esse o modelo que faz melhorar a qualidade de vida? Será que não dá para sentir que esse modelo fragmentador/cartesiano só está levando a destruição de todos nós? Estamos vivendo um holocausto de valores, uma terrível inversão na ética dos relacionamentos, no egoísmo e na crença da escassez, a de que somos seres incompletos, o que definitivamente não somos. Apenas não acreditamos.

transformação interna

Transformação Interna

Nenhum processo de mudança, qualquer que seja, começa pelo lado de fora. Vem exclusivamente de dentro de cada um de nós. Mudando nosso sistema de crenças, mudando paradigmas internos, aceitando a verdade do outro sem querer impor a sua verdade num mundo da relatividade. Que mudança podemos começar a fazer em nossas empresas ou em casa a fim de que não tenhamos outros acidentes? Será que está na hora de ouvirmos mais o outro e a nós mesmos, saber de seus anseios, suas dificuldades e necessidades, humanizar mais e mais as organizações, conhecer melhor as pessoas, sentir e intuir o invisível…..o que é real.

Porque tudo é impermanente e até aquilo se pensava ser o “porto mais seguro”, inviolável, se mostrou tão insólido que nem o vapor. Podemos num piscar de olhos deixar de ter tudo que é matéria, que na realidade quântica não existe. E a isso nos apegamos, brigamos e morremos, fazendo dela o sentido da vida.
Será que é isso mesmo? Só há um porto seguro: o que está em nós.

Cultivo do Amor e da União

Estamos no limiar de uma grande mudança, que acredito seja para melhor desde que nossos corações emanem canções de amor e não de ódio ou revanche. Os nossos atos só atingem a nós mesmos.
O caminho é o que o Mestre Gandhi escolheu: o da não violência, no qual acredito.
Vamos meditar e orar no canal do amor, a partir de nós mesmos, dentro e fora das organizações para podermos neutralizar o ódio das desigualdades que alguns pensam que existe.

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